quarta-feira, 13 de agosto de 2008

BEIJING 2008


Estou tomando um overdose de olimpíadas. Adoro assistir handebol feminino, Korea do sul contra Mali; adoro.

Adoro porque apesar do mercantilismo todo envolvido, da massificação homogeneizante, ainda é possível ver  lá as diferenças, a alteridade, o estilo de cada povo, a diferente  apropriação que fazem do mesmo conjunto de regras e intrumentos.

Gosto da estética envolvida, de observar diferentes fazeres: uma competição de esgrima é belíssima, e  a concentração do arqueiro para atingir o alvo impressionante?

Me emociono com o inusitado - atletas de dois país em guerra saem de seus lugares e se abraçam (não adianta nada, mas e daí? É bonito!).

Fico com raiva - esse diabo da natação brasileiro não foi o bicho-papão do Pan? Ué, porque estão comendo poeira? E olhe que com o dinheiro das loterias e patrocínios que está rolando para essas confederações, o argumento de que falta estrutura me parece fraco. Com tanto dinheiro, se falta estrutura, comprem uma porra!!! Algum partido deveria pedir uma CPI DAS CONFEDERAÇÕES ESPORTIVAS BRASILEIRAS. Que comecem pelo meu esporte preferido, o basquete.

É erótico - você prestou atenção no corpicho das jogadoras de volei de praia? Benzadeus!!!! E na estrela pornoaquática Laure Manaudau?

Acho que vou juntar uma grana e assistir in loco as próximas....

REFORMA PSIQUIÁTRICA


Nas últimas três semanas tenho acompanhado, em diferentes situações,  falas bastante críticas em relação à Reforma Psiquiátrica brasileira.

Não sei quantos sabem do que se trata e, para aqueles que precisam de uma bússola recomendo o site inverso.org.br, onde há um histórico para os não iniciados na questão. 

As críticas que tenho ouvido são basicamente duas:  foi uma temeridade a redução e fechamento de leitos em hospitais psiquiátricos e as dificuldades enfrentadas hoje, são resultado disto; especificamente falando de minha cidade (Ribeirão Preto),  até mesmo gestores municipais apontam o aumento de leitos hospitalares como solução para os graves problemas enfrentados ( alguns pacientes com indicação para internação aguardam por dias em unidades de bairro por uma vaga em unidade especializada).

Fiquei pensando sobre isto e acho o seguinte - quem usa os argumentos acima ou é profundamente ignorante, ou age de má-fé ou é papagaio de pirata. Explico.

Se é ignorante o é porque sequer deve ter lido as portarias e os princípios da Reforma em que o fechamento de leitos deve ser, NECESSARIAMENTE, acompanhado de outras medidas, especialmente a IMPLANTAÇÃO DE SERVIÇOS SUBSTITUTIVOS à internação. Sem isso, a reforma é capenga.  Justamente, como diria Juvenal Antena, muitos dos que criticam a reforma são gestores que poderiam ter implantado tais serviços e não o fizeram.

Daí entra o segundo grupo, os de má-fé. Estes entenderam perfeitamente a lógica da reforma, mas auferiam para si muitos dividendos em função do modelo anterior, o da FÁBRICA DA LOUCURA. Por isto, se atravancam o quanto podem o processo da reforma numa atitude reacionária.

Por último, os papagaios de pirata. São pessoas, desavisadas, que nunca leram diretamente nada ao que se refere a reforma e repetem o que seus mestres (que podem ser tanto do primeiro grupo quanto do segundo) dizem por estarem identificados com eles. O duro é que tem muita gente boa neste último grupo!!

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