
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
NOVEMBRO ACABOU!!!!

domingo, 11 de novembro de 2007
NASCI

Pois bem, como não eram muitas as festas, lembro das poucas, em especial da primeira, como eu ia dizendo. Acho que eu iria comemorar 4 ou 5 anos, sei lá.
O que me lembro era da casa cheia, de gente grande e crianças, muitos desconhecidos (pais evangélicos ultra-piedosos tem mania de transformar as festas dos filhos em eventos evangelísticos, fazer o quê?), da dificuldade em encaixar o flash da máquina fotográfica. Aviso aos incautos - as maquinas fotográficas de....30 anos atrás não eram as modernetes de hoje não. Aliás, ter máquina fotográfica em casa não era nem coisa de pequeno burgês não, era de gente já mais endinheirada. Os mais pobres que tinham conhecidos e amigos melhorzinhos na vida as arrumavam emprestadas. Eram umas caixinhas de plástico tosco e, como eu ia dizendo, levavam um flash encaixado em cima; veja bem, o flash era um cubinho de plástico onde em cada uma das faces havia uma lâmpadinha que ao disparar se queimava - mais ou menos como a pólvora das primeiras máquinas de fotografia, que víamos nos filmes. As pessoas compravam uns dois ou três cubinhos daquele, e iam usando. Se acabassem, bom ia sem flash mesmo.
Voltando à festa, o que mais me marca foi o momento do PARABÉNS: todos reunidos em torno do bolo e dos docinhos que mamãe fizera, após chegar do exaustivo dia de professora primária em uma vila vizinha. Guaraná de vidro escuro, marca Cotuba, gelada em uns baldões de alumínio, com gelo e palha de arroz dentro (pro gelo demorar mais para derreter).
Então, o povo todo à minha frente, apenas a mesa do bolo a nos separar. Não sei porque diabos, ao primeiro PA do Parabens, eu desato a chorar, enfio a cara no ombro de minha mamãe. Não queria ver ninguém, queria sumir dali. Autorecriminação em alta, pois algo já me dizia que aquela não era a atitude correta a se tomar; meu infeliz apego aos ideais já ia se formando. Não sei se alguém disse algo assim - "que coisa feia, chorar quando cantam para você". Juro que foi um parente - afinal, para que servem parentes a não ser para falarmos mal deles aos nossos analistas.... e assim nos desemcumbinos de nossas culpas....
Depois disso eu esperava pelos presentes no aniversário, que nem sempre vinham. O problema de ser pobre e fazer aniversário no final do ano era que os pais tentavam me engambelar dando dois em um ( o de Natal e o de aniversário!).
Depois disso, me apeguei ao ideal esquerdista, esse aí, de que festa de aniversário é coisa de pequeno burgês.
Pois foi entre eles, na faculade, que uma amiga reacendeu aquela coisa existencial do aniversário, que eu enterrei nos ombros de mamãe naquela noite. Um dia para pensar em mim, um dia que passei a chamar de meu, pois marcou minha entrada neste mundo. Acho que é o dia em que me sinto menos alienado em relação a mim mesmo, me acho pleno de direitos, mesmo de passar ridículo em público, limpar meleca do nariz sem a menor preocupação, olhar os outros de cima prá baixo, afinal, nasci. Gosto de ser paparicado neste dia. Se você é meu amigo, fique a vontade em fazê-lo, vou ficar um tanto constrangido (afinal, aquela reação de me esconder do olhar do Outro ainda está aqui dentro) mas vou gostar. Acho que é isto que gosto no dia de meu aniversário - me permitir ser amado.
domingo, 4 de novembro de 2007
CONSELHO DE SENTENÇA

Um Oficial de Justiça vem até sua casa, lhe entrega uma filipeta, a que chamam de mandado judicial (veja, parece meessmo uma filipeta daquelas que a gente distribuia na faculdade convidando para a cervejada na quinta-feira à tarde) e lhe diz: esteja em tal lugar, a tal hora, sob pena de prisão. A pergunta natural é: Para quê?? A resposta foi tão enrrolada que achei melhor ir nos tais dia e horário para saber do que se tratava.
Ao chegar vários outros com aparência contrafeita, sem muito entender o quê, nem porquê. Esperávamos numa sala quente e tinha outra, enorme e cheia de cadeiras, daquelas que vemos nos tribunais de televisão. Achei melhor que era esperar ali dentro, fui perguntar se podia. Podia.
Entrei e os outro também entraram. Timidademente começamos a conversar e descobrimos nossas ignorâncias sob o que nos aguardava até que surge um, que já era a sexta vez que participava daquilo (para meu espanto pois, afinal, participar 6 vezes de um troço como esse parece castigo divino, karma, e o dito cujo falava com orgulho de quem gostaria de participar outras seis vezes). Fico sabendo que meu mês inteiro está comprometido - a cada semana terei que comparecer no dito Tribunal de duas a três vezes, aguardar o sorteio (azareio?) para saber se deverei ir para o grupo de jurados ou não. Mesmo que seja sorteado (azareado) deverei voltar na próxima audiência para novo azareio. Meus compromissos? QUE SE FODAM PARA O BEM DA SOCIEDADE!!!!
continua
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
UM OUTRO CHE

Ato na Paulista em apoio a Che e contra Veja
O fiscal de renda aposentado Paulo Macambira, 55, andou pouco mais de meia hora da casa onde mora, na rua Augusta, região central de São Paulo, até a TV Gazeta, na avenida Paulista, aonde chegou às 12h05 da sexta-feira, 5. “Não leio Veja e não leio Clóvis Rossi”, conta. Afirma ter lido com muita atenção, contudo, o livro Che Guevara – a vida em vermelho, biografia do argentino revolucionário assinada por Jorge G. Castañeda.
Macambira esteve entre os participantes de um ato de protesto que percorreu a Paulista – do prédio da Gazeta até o vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp) -, contra o conteúdo da reportagem feita pelos jornalistas Diogo Shelp e Duda Teixeira, sobre a vida de Ernesto Guevara, publicada em Veja no dia 3 de outubro. A revista procura mostrar Che não como um ícone da esquerda e sim como “um homem de carne e osso, com suas fraquezas, sua maníaca necessidade de matar pessoas.”
Ainda de acordo com a matéria, para os companheiros Che era apenas “el cancho”, o porco, porque não gostava de banho e “tinha cheiro de rim fervido”. Um outro trecho da reportagem conta que “por suas convicções ideológicas, Che tem seu lugar assegurado na mesma lata de lixo onde a história já arremessou há tempos outros teóricos e práticos do comunismo, como Lenin, Trotsky, Mao e Fidel Castro.”
A idéia de organizar o ato partiu do grupo Izquierda Unida. A arquiteta Lilian Vaz é secretária-geral da entidade e explica que a mobilização dos participantes do protesto se deu sobretudo através de e-mails. Em princípio, estava marcado para as 15h do sábado, 6, em frente ao Conjunto Nacional. A antecipação e a mudança de local foram decididos como forma de coincidir com um outro ato previamente agendado pelo Coletivo Brasil de Comunicação Social (Intervozes).
Propondo mudanças nos processos das concessões de rádio e TV no Brasil, o ato marcou o lançamento da campanha intitulada Concessões de Rádio e TV: quem manda é você e contou com o apoio de várias entidades, entre elas CUT, a UNE, a Articulação Mulher & Mídia, a Marcha Mundial das Mulheres, o Grito dos Excluídos, a Campanha pela Ética na TV, o Coletivo Epidemia.
A data (5 de outubro ) marcava o vencimento do prazo de importantes concessões de rádio e televisão aberta e, de acordo com o Intervozes, motivou protestos em 15 Estados, pedindo, dentre outros pontos, o fim da renovação automática e ações imediatas contra irregularidades no uso dessas concessões. O ato reuniu, estima a Polícia Militar, cerca de 100 pessoas.
Lilian Vaz explica que o Izquiera Unida, a exemplo do Intervozes e das outras entidades participantes do ato, “luta contra o golpe midiático e por uma mídia livre”. Ela não lê a Veja desde a década de 1980: “Lia no tempo do Mino Carta. Daí a parte de propaganda ficou maior que a das matérias e, naquela campanha contra o Lula e a favor do Collor foi que tive asco e horror à Veja por conta de seu direcionamento fascista e vendido.”
Gabriel Haddad, secretário de Comunicação, Informação e Pesquisa do Izquierda Unida, depois de ler a reportagem, escreveu um texto contestando ponto por ponto a matéria. Ele diz que Diogo Shelp, editor de Veja e co-autor da reportagem, sempre dá um jeito de incluir Cuba, invariavelmente de forma negativa, em suas matérias. E faz uma observação a respeito das fontes de Veja.
“Primeiro, eu não dou meu dinheiro para a editora Abril de jeito nenhum. Li a matéria pela internet. Curioso é que a revista cita fontes que não existem ou já morreram”, diz Haddad, que ressaltou o fato de o Izquierda Unida ter somado com o ato promovido pelo Intervozes. “Somos setenta pessoas espalhadas pelo Brasil e, de toda forma, isso acaba tornando o Izquierda Unida uma rede. Mas não teríamos força aqui em São Paulo para organizar um ato como este .”
Entre os manifestantes estava o deputado federal Ivan Valente, do PSOL, que, em seu discurso, pediu uma vaia para a Veja; sua colega de Câmara, Luiza Erundina (PSB/SP), que faz parte da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática do Legislativo, também esteve presente. No discurso, Valente disse: “A Veja fez uma peça ridícula quando quis transformar um lutador, um ícone da esquerda, que se desprendeu dos valores materiais, em que alguém que não tem idealismo.”
Luiza Erundina, por sua vez, defendeu mudanças no artigo 54 da Constituição de 1988, que, de acordo com ela, deixa brechas que permitem aos detentores de concessões de rádio e TV cometer irregularidades e desvios. Autora do requerimento que visa rever na Câmara o marco regulatório que disciplina essas concessões, a deputada classificou o modelo vigente como antidemocrático. “Não há qualquer tipo de controle social ou quanto à programação. Trata-se de um setor concentrado em seis famílias e isto tem que mudar.”
Ao chegar ao Masp, a passeata do Intervozes decidiu “esticar” o ato até o cruzamento da avenida Paulista com a rua Augusta, onde fica o prédio do grupo CBS – detentor de oito rádios FM em São Paulo, segundo o Coletivo Brasil de Comunicação Social. Ali, os participantes do ato soltaram bexigas com a inscrição Concessões de rádio e TV: quem manda é você, o lema da campanha.
Léo Arcoverde é jornalistau
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GUERRA CONTRA AS DROGAS SÓ NO PAIS DOS OUTROS
Luis Fajardo Da Califórnia |
Segundo levantamento feito por Jon Gettman, PhD em Política Pública da George Mason University, na Virgínia do Norte, e líder da Coalizão para Reclassificação da Cannabis, a produção do cultivo de maconha no país é estimada em US$ 36 bilhões anuais e o país está deixando de ser um consumidor da droga para se converter em um importante produtor.
Apenas na Califórnia, o principal Estado produtor de maconha, o valor comercial das plantações erradicadas chegou a US$ 6,7 bilhões em 2006, segundo cifras passadas pelo Departamento de Justiça da Califórnia à BBC.
Para ter uma idéia da importância comercial dos cultivos americanos da erva, basta destacar que um relatório do Serviço de Investigações do Congresso americano estimou que a contribuição do narcotráfico para a economia da Colômbia chega a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) daquele país, ou cerca de US$ 2,5 bilhões – uma cifra equivalente a menos da metade do valor estimado da plantação californiana de maconha.
Entretanto, o baixo valor monetário do narcotráfico colombiano se explica pelo fato de que a cocaína produzida na Colômbia adquire a maior parte de seu valor agregado após ser exportada.
Até chegarem ao consumidor final americano, o valor comercial final das drogas produzidas na Colômbia será substancialmente maior.
Mesmo assim, as cifras sugerem que os Estados Unidos são uma potência crescente em cultivos ilícitos, e que seu papel na indústria global do narcotráfico não se reduz ao de simples consumidor.
Cultivo crescente
Armado com um fuzil automático, o capitão Kevin Mayer não é o típico guarda florestal de aparência inofensiva e sorriso amável para os turistas que patrulha os parques naturais dos Estados Unidos.
Mayer passa os seus dias percorrendo o Bosque Nacional da Serra, uma reserva natural de mais de um milhão de hectares a meio caminho entre as cidades de Los Angeles e San Francisco.
Apenas na Califórnia, o número de plantas de maconha destruídas passou de 313.776 em 2001 para 1.675.681 no ano passado.
O relatório anual antinarcórticos do Departamento de Estado afirmou que os Estados Unidos cultivavam 10 mil toneladas de maconha em 2005, frente a 5 mil importadas do México e do Canadá.
"Creio que (as plantações de maconha) continuarão aumentando, se expandindo em direção ao leste e ao longo dos Estados Unidos, e ao norte em direção à fronteira com o Canadá", ele disse à BBC. "Há muitos lucros no negócio."
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Cap. Kevin Mayer: 'Há muitos lucros no negócio (da maconha)' |
O problema descrito por Mayer foi recentemente analisado pelo acadêmico americano Jon Gettman, para quem a maconha é, em termos de valor de sua colheita anual, o maior cultivo dos Estados Unidos, superando o milho e o trigo combinados.
Conhecido estudioso e ativista a favor da reforma das leis antidrogas, Gettman utiliza o argumento econômico na principal campanha da Coalizão para Reclassificação da Cannabis, um grupo defensor do uso terapêutico da maconha.
Prós e contras
Assim como alguns justificam a existência de cultivos de coca nos países andinos por sua importância para as tradições locais, na Califórnia não falta quem diga que a maconha é parte da cultura da região, especialmente desde os anos 60.
E uma parte do eleitorado do Estado tolera o cultivo, desde que em certas condições. Depois de um referendo em 1996, as autoridades californianas legalizaram o consumo e o cultivo da erva em pequenas quantidades para fins terapêuticos.
Mas em outros setores da população, especialmente em comunidades rurais e conservadores, a oposição ao cultivo continua sendo radical.
Um porta-voz da Agência Antidrogas dos EUA (DEA) disse que não poderia confirmar a escala da colheita nacional de maconha. Estima-se que apenas 10% dela sirva a propósitos medicinais.
Como ocorre em países andinos, como Colômbia, Peru e Bolívia, um dos maiores focos do crescimento ilícito na Califórnia tem lugar em parques e reservas naturais, onde o isolamento físico e o caráter de espaço público dificultam a perseguição dos responsáveis.
As autoridades da Califórnia disseram à BBC que não empregam fumigação aérea contra as plantações, por considerá-las nocivas às condições ambientais nesses parques naturais.
BOSSAS III - CANELADAS
Ouvi, ou melhor, li tua resposta e há uma questão que achei interessante assinalar. Vc afirma que, no tempo em que era cristão confessante teve que soterrar algumas perguntas. Na minha interpretação entendi vc afirmar ai que, enquanto cristão, não podia fazer certas perguntas... a minha réplica é que, (na minha “omilde” opinião) há espaço para todas as perguntas, vc pode não obter todas as respostas ou pelo menos aquelas que desejaria ter. Mas, afinal onde encontraremos resposta a todas as nossas perguntas? Se vc encontrou em alguma filosofia, estilo de vida, etc. por favor me indique pois estou à procura. Acho que a única maneira de viver sem o incômodo de perguntas não respondidas seja sobre a vida, a morte, o sofrimento, Deus, e outras questões inquietantes, é na indiferença ou no cinismo, concorda? O cristianismo não nos poupa desses incômodos senão seria apenas mais um em meio a tantos outros que servem para tentar contornar o embate inevitável da existência. Que podemos fazer se nem mesmo o Filho foi poupado de fazer perguntas irrespondíveis (“pai por que me desamparaste?”....
A FALTA É ESTRUTURAL, E COMO DÓI ISSO!!!!
Mas começo a desconfiar que apesar de tal oco fundante, é possível criar coisas a meu próprio modo, sem ser muito cínico ou perverso. rrssrsss
Ariano Suassuna, citando um outro qualquer, diz - "em volta do buraco, tudo é beira" - mas tem beiras piores que outras e, às vezes, a beira religiosa é bem ruim ( por outras, nem tanto, é até bela).
Por enquanto é só,
EBER
AS BOSSAS DA FÉ II
CONTINUAÇÃO
Entretanto, sempre me fiz muitas perguntas, que arduamente soterrei-as, para preservar 'a fé'. Usei a religião como defesa - contra o quê? não é algo que se diga no orkut - e depois de muito tempo, decidi que não queria mais essa defesa nem tampouco soterrar meus pensamentos e perguntas.
Tenho convicções que, de forma nenhuma, se alinham ao entendimento tradicional cristão evangélico. Posso até mudar, mas no momento, se fizesse uma confissão de fé, não seria aprovado em nenhum concíclio do mundo, além de encontrar uma fogueira armada para mim na saída.
Por último, tenho esperança num Deus, embora a minha interpretação da realidade teime em me dizer que ele não existe.
Um abraço,
AS BOSSAS DA FÉ
Vocês tem sido nossos "pastores" e louvamos a Deus por isso.
Que Deus mesmo abençõe abundantemente a vida de vocês e que Ele mesmo conceda o desejo do coração de vocês.
Grande abraço.
Os Adenilsons
Ao que respondi a eles
Agora, com um ´pastor´pagão como eu, vocês estão lascados!!!!
Um abraço,
EBER